AUTORES EM PSICANÁLISE
Psicanalistas, escritores, médicos, filósofos, pacientes etc. e suas contribuições para o campo psicanalítico.
(Esta é uma lista colaborativa - para correções, complementos e sugestões de autores entre em contato.)
África do Sul Alemanha Argélia Argentina Austrália Áustria Bélgica Brasil Bulgária Canadá Chile Constantinopla Croácia Egito Escócia Eslováquia Espanha EUA França Galícia Grécia Holanda Hungria Índia Inglaterra Itália Japão México Nova Zelândia País de Gales Palestina Paquistão Polônia República Tcheca Romênia Rússia Suíça Ucrânia

DOSUZKOV, THEODOR N.
(Rússia/República Tcheca*1899+1982) Neurologista, psicanalista. Foi um dos fundadores da psicanálise na República Tcheca. Tendo contato pessoal com Pavlov, via no trabalho deste o paralelo fisiológico de achados feitos por Freud no registro psicológico. Foi analisando de Annie Reich, Otto Fenichel e depois Steff Bornstein. “escopofobia”.

MARCONDES, DURVAL BELLEGARDE
(Brasil*1899+1981) Psiquiatra, psicanalista. Foi o fundador da primeira associação psicanalítica na América Latina. Escreveu a Freud e buscou junto à IPA a organização da instituição brasileira. Com Franco da Rocha formam a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, em 1927. Trouxe para o Brasil Adelheid Lucy Koch como primeira analista didata da IPA, depois de uma tentativa com René Spitz que acabou não dando certo. Também fundou a Revista Brasileira de Psychanalyse, em 1928. Criou as primeiras cátedras de psicologia, saúde mental e psicanálise da USP.

MANNONI, DOMINIQUE-OCTAVE
(França/Madagascar*1899+1989) Filósofo, etnologista e psicanalista. Viveu muitos anos em Madagascar, sendo bastante ativo política e intelectualmente. Escreveu sobre um livro sobre a importância de Fliess como um analista para Freud. Foi analisando de Jacques Lacan. “psicologia da colonização”.

FROMM, ERICH SELIGMANN
(Alemanha/EUA*1900+1980) Psicólogo, sociólogo e psicanalista. Pensador das relações entre psicologia e cultura, associa-se à tradição do pensamento crítico da Escola de Frankfurt, associado ao Instituto de Pesquisa Social. Depois de sua imigração, após o domínio nazista, nos EUA é identificado ao movimento “neo-freodiano”, junto a Karen Horney e Harry Stack Sullivan, enfatizando os aspectos sociais em oposição aos biológicos na metapsicologia psicanalítica. “teoria crítica”, “escola de Frankfurt”, “biofilia”, “senso de identidade”, “orientações da personalidade”.

KRIS, ERNST
(Áustria/EUA*1900+1957) Historiador da arte, psicanalista. Trabalhou com Ernst Gombrich. Casou-se com Marianne Rie, filha de Oscar Rie, pediatra dos filhos de Freud e seu amigo. Durante a guerra dedicou-se ao estudo da propaganda nazista. Fundou a publicação anual “The psychoanalytical study of the child”, com Anna Freud e Marie Bonaparte. “psicologia do Ego” (junto com Rudolph Loewenstein e Heinz Hartmann), “psicanálise e observação infantil”.

MILNER, MARION BLACKETT-
(Inglaterra*1900+1998) Escritora e psicanalista. Produziu com o pseudônimo de Joanna Field, e trouxe a experiência estética como parte fundamental de sua prática psicanalítica. Foi analisanda de Sylvia Payne e Donald Winnicott. “introspecção”, “estética e psicanálise”, “hiato enquadrado”, “ilusão e formação de símbolos”, “loucura privada”, “atividade criativa espontânea”, “plasticidade do objeto”, “simbolos pré-verbais”.

LÖWENFELD, HEINRICH JULIUS
(Alemanha/República Tcheca/EUA*1900+1985) Médico, psicanalista. Participou do Grupo de Estudos de Praga. Emigrou por fim aos EUA, pela perseguição nazista, sendo uma figura marcada por suas participações políticas. “psicologia do fascismo”.

WAELDER, ROBERT
(Áustria*1900+1967) Físico, psicanalista. Em suas pesquisas, procurou aproximar psicanálise e política. Foi analisando de Robert Hans Jokl, Anna Freud e Hermann Nunberg. “escala Waelder (entre experiência e abstração)”, “função múltipla do sintoma”.

FAVEZ, GEORGE
(Suíça/França*1901+1981) Formado em teologia, depois psicanalista. Fundador da SFP (Sociedade francesa de psicanálise). Foi analisando de Heinz Hartmann, e mais tarde de Sacha Nacht.

LACAN, JACQUES MARIE ÉMILE
(França*1901+1981) Psiquiatra, psicanalista. Era também licenciado como psiquiatra forense. Intelectual de grande impacto na filosofia e nas teorias culturais em geral. Trouxe a linguística e parte da matemática para a psicanálise. Teve uma aproximação importante dos surrealistas, da fenomenologia de Hegel e também da psiquiatria fenomenológica. Alterações técnicas e postura crítica à ortodoxia psicanalítica levaram a sua expulsão da IPA. Foi analisando de Rudolph M. Loewenstein. “estádio do espelho”, “retorno a Freud”, “inconsciente estruturado como linguagem”, “sujeito do inconsciente”, “teoria do significante”, “processos metafóricos e metonímicos”, “teoria do falo”, “nome do pai”, “real-simbólico-imaginário”, “teoria do gozo”.

LITTLE, MARGARET ISABEL
(Inglaterra*1901+1994) Médica e psicanalista. Pertencia ao Middle Group, e foi assistente clínica na Tavistock. Foi analisanda de Ella Freeman Sharpe, Marion Milner e Winnicott. Teve antes uma experiência com um analista junguiano. “contratransferência”, “silêncio”, “teoria das relações de objeto”, “psicose de transferência”.

NACHT, SACHA
(Romênia/França*1901+1977) Neuropsiquiatra e psicanalista. Foi analisando de Rudolph M. Loewenstein, e depois tentou (sem sucesso, pela dificuldade da língua) com Freud, que o encaminhou para Heinz Hartmann. Inaugurou as sessões de 45 minutos. Estudou o masoquismo, recusando a pulsão de morte e enfatizando a agressividade. Em contenda com Lacan, causou a cisão da SPP. “presença”.

REICH RUBINSTEIN, ANNIE
(Áustria/Hungria/EUA*1902+1971) Médica, psicanalista. Nascida “Annie Pink”, foi analisanda de Wilhelm Reich, que interrompeu o atendimento após seis meses para que se casassem; continuou sua análise com Hermann Nunberg e depois com Anna Freud. Seu trabalho é considerado uma ponte entre a psicologia do Ego e a psicologia do Self. “submissão sexual”, “desejo narcísico”, “ferida narcísica”, “o grotesco”.

GRUNBERGER, BÉLA
(Hungria/França*1902+2005) Biólogo, psiquiatra e psicanalista. Com Janine Chasseguet-Smirgel, com quem era casado, escreveu sob pseudônimo um livro crítico à esquerda do maio de 68, L'univers contestationnaire, o que depois foi motivo para trocas de farpas com Lacan. O livro foi também citado no Anti-Œdipus por Deleuze e Guattari. Grunberger torna-se depois um ácido crítico de Lacan e do lacanismo. Considera seu trabalho a partir da influência de Ferenczi. Foi analisando de Sacha Nacht. “narcisismo”.

BICK, ESTHER
(Polônia/Inglaterra*1902+1983) Educadora, psicóloga e psicanalista. Insatisfeita com o método experimental (tinha feito um doutorado em desenvolvimento infantil), buscou na psicanálise uma alternativa. Na guerra, trabalhou em creches para crianças evacuadas. John Bowlby a convidou para fundar o curso de psicoterapia infantil na Tavistock. Foi analisanda de Michael Balint, e depois de Melanie Klein. “método de observação mãe-bebê”, “pele psíquica”, “segunda pele”, “identidade adesiva”, “bidimensionalidade”.

ERIKSON, ERIK HOMBURGER
(Alemanha/EUA*1902+1994) Professor de artes, psicanalista. Após uma passagem como professor de artes na Escola para Crianças Burlingham-Rosenfeld, Anna Freud sugeriu que ele fizesse uma formação psicanalítica. Também se formou como educador no método Montessori. Fez aproximações da psicanálise com a antropologia, e recebeu um Prêmio Pulitzer a partir de seu trabalho sobre Gandhi. Foi analisando de Anna Freud. “crise de identidade”, “autonomia”, “9 estágios do desenvolvimento psicossocial”.

BOSS, MEDARD
(Suíça*1903+1990) Psiquiatra. Desenvolveu uma leitura própria da Daseinsanalysis, a partir de seu contato e amizade com Binswanger. Em sua formação, trabalhou sob orientação de Bleuler. Fez também uma formação analítica em Berlin, sob supervisão de Karen Horney. Foi analisando de Freud e Hans Behn Eschenburg. “Daseinsanalysis”, “psicoterapia existencial”.

LAGACHE, DANIEL
(França*1903+1972) Psiquiatra, psicanalista. Foi professor da Sorbonne, e colega de Jean-Paul Sartre. Fundou a Sociedade Francesa de Psicanálise (SFP), juntamente com Lacan, Françoise Dolto e outros. Coordenou os trabalhos de Laplanche e Pontalis com o Vocabulário de Psicanálise. Foi analisando de Rudolph Loewenstein. “Psicopatologia”, “melancolia”, “transferência”, “eu ideal e ideal do eu”, “psicologia e psicanálise”.

PEQUENO HANNS (GRAF, HERBERT)
(Áustria/Suíça*1903+1973) Músico, produtor de ópera, foi descrito por Freud em seu “Análise de uma fobia em um garoto de cinco anos”, a partir de uma orientação que dera por um período a seu pai, Max Graf. Ajudou Freud a descrever a “ansiedade de castração” e o “complexo de Édipo”. Mais tarde na vida foi analisando de Hugo Solms.

LOEWALD, HANS WALTER
(Alemanha/EUA*1906+1993) Psiquiatra, psicanalista. Estudou filosofia com Heidegger, cuja teoria sobre a linguagem lhe deixou uma forte marca. Loewald aproxima as expressões verbais e pré-verbais como expressões sensórias, criando uma concepção própria de representação. “integração”.